terça-feira, 28 de dezembro de 2010

"Pra você guardei o amor" (Nando Reis)

A maioria das pessoas pensa ou sonha em ter um amor perfeito, um amor como os vistos nos filmes. Um amor sublime, que rompe barreiras, que tudo supera, cheio de uma paixão que nunca acaba... Um amor, que por mais que ao longo da conquista encontre dificuldades, no final são sempre "felizes para sempre". Quem nunca sonhou com um amor assim? Quem nunca quis que o protagonista de sua vida real ficasse com você, a mocinha, no fim das contas? Um amor IDEAL. E, aqui,  não me refiro ao ideal no sentido de perfeito, mas ideal no sentido de "inalcançável", ou, melhor definindo, um amor UTÓPICO!
Às vezes, esperamos por um amor assim por muitos e muitos anos. Sonhamos com o príncipe encantado, com alguém que supere todas as nossas expectativas, que seja como queremos, como esperamos ou sonhamos; alguém como aquele do filme que vimos, que faz sempre tudo certo (ou que se erra, não faz por mal e se redime - e até muda, se for preciso para ficar com a mocinha). Às vezes guardamos o nosso amor pra uma pessoa assim. Grande erro!
Pessoas perfeitas não existem. Se depois do "felizes para sempre" o filme tivesse continuação, teria-se brigas, discussões, desentendimentos ou coisas assim. Isso porque ninguém é perfeito, e hora ou outra as falhas ou defeitinhos começam a aparecer. O que precisamos é aprender a conviver com isso (se suportável, afinal tudo tem seu limite). Precisamos respeitar, conversar... chegar a um acordo...
E por que sempre achamos que a relação do outro é melhor que a nossa? Às vezes, o que em nossa relação é um defeitinho ou uma falha não é na relação do outro e vice-versa. Isso porque nada é perfeito e nada é igual...
Por fim, precisamos refletir bem... Porque, sem pensar muito, podemos deixar de dar nosso amor àquela pessoa, esperando ou pensando que pode vir alguém melhor, alguém como aquela pessoa dos nossos devaneios. Podemos, com isso, perder a oportunidade de ficar com alguém legal e que, mesmo não sendo perfeito, pode nos fazer feliz!

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

"Amo noite e dia" (Jorge e Mateus)

Até quando a emoção consegue vencer a razão? Até que ponto conseguimos controlar nossos desejos, anseios? E por que chega uma hora que você tenta ser racional, tenta se controlar (e consegue até certo ponto), mas a emoção ainda fala mais alto? Por outro lado (e agora sendo racional), nem todas as pessoas são assim... Diferentemente, algumas pessoas são racionais ao extremo, deixam a emoção completamente, ou quase, de lado. Esquecem, muitas vezes, que têm um coração, e que nem tudo é apenas razão. A intuição, por exemplo... às vezes, usamos nossa intuição para decidir isso ou aquilo, e intuição é emoção! Mas pessoas sentimentais demais (e isso serve pra mim também) precisam aprender a pensar mais com a razão, não que ser emocional seja ruim, mas nem tudo pode ser só emoção, só coração...

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

"Vivendo nesse absurdo" (Charlie Brown Jr.)

Olhar sua vida e ver que nada lhe causa prazer, ver que do que você enxerga nada é bom... Tudo é azar, tudo é ruim, tudo podia estar melhor. Sabe que um vazio toma conta de seu corpo, de sua alma, e principalmente de seu coração. Sabe que faltam coisas, pessoas, situações , expectativas, falta algo que ainda não está bem explícito. Mente confusa, coração triste, nada mais te entusiasma tanto... Busca coisas para fazer, busca lugares aonde ir, busca pessoas para conversar, para se distrair, para sair... Ainda assim não encontra nada realmente completo, nada que possa suprir sua angústia, sua falta de calor, de amor, de paixão pela vida. Vai deixando a vida te levar, sem rumo, sem sonhos, sem prazer. No fundo, sabe que sente falta de coisas do passado, mas porque se apegar no que já passou, e porque não consegue esquecer? Porque não consegue mudar, levar adiante, recomeçar. E o medo de sofrer, de se machucar? E o medo de não conseguir? Tudo parece inalcançável, tudo parece utópico, apenas um ideal. Mas a ânsia de um dia chegar ao clímax da supressão dos desejos não passa. A vontade de preenchimento do vazio do presente é prioridade hoje. E que assim seja!