
O que dizer, quando a vontade é não falar?
Como explicar, se o sentimento não tem explicação?
Como conter-se, quando o desejo pede um beijo?
Sentir teu cheiro, teu corpo, tua mão...
Ah, sua mão... inquieta e abusada,
Deslizando suavemente... um toque leve e profundo
Por vezes deixa-me encabulada
A sensação prazerosa e incitante
E a palavra falada...
Ah, cochichada... ao pé do ouvido
Junto ao arrepio
Que me toma, me domina
E aumenta a adrenalina
Meu corpo colado ao seu,
Seu peso, seu beijo molhando o meu.
Sinto-me inocente
Mas com uma vontade ardente
Inexperiente, querendo me achar
Encontrar-me em você
Ver o que ninguém vê
Descobrir!
O que nos completa
O que satisfaz
O que objeta ou o que é fugaz
O que incentiva e o que cativa
Nossa paixão
E assim o desejo
Espalhando-se como por metástase
Me toma pela base das sensações
Centralizam-se as atenções,
Perdem-se definições
E tudo é o momento
Sem entender, sem explicar,
Sem perder o argumento
É um entrelaçamento
De pernas, de braço...
Um laço; Entre eu e você