terça-feira, 12 de abril de 2011

"O que é o amor" (Maria Rita)

Porque o amor, tão lindo em suas descrições e sensações causa tanto sofrimento ao ser amante? Como o amor pode ser tão terno e, ao mesmo tempo, tão cruel? Como ele pode ser tão envolvente e, ao mesmo tempo, tão doloroso? Como ele pode ser uma fonte de inspiração e, ao mesmo tempo, ser como uma faca cortante, pronta para dilacerar-nos o coração a qualquer momento?
Não sei como ou quando isso começou. Penso que parece ser algo reprimido, escondido, guardado num cantinho escuro do coração. Talvez. Como uma conversa pode despertar tal desejo? Uma conversa sem nexo nem sentido não teria criado esse desejo (teria?), poderia ter trazido à tona um desejo escondido. As coisas, por vezes, são complicadas. Amor, desejo, as vezes pode não ser correspondido. As vezes pode ser uma ilusão criada pelas emoções e pela vontade do coração. Mas as vezes há correspondência. E as vezes há esperança. As vezes, na maioria das vezes, as coisas não são como queremos, mas vezes as coisas acontecem. As vezes demoram para acontecer porque tudo tem o tempo certo. Tenho receio. Seria a ilusão tomando conta de meus entendimentos? Seria a confusão do coração penetrando meus pensamentos? Quisera eu que não. Será que no olhar direcionado à mim há uma chama, pequena que seja? Uma faísca, que possa virar uma fogueira? Estaria eu me precipitando? Ou ainda, estaria eu muito enganada? Até que ponto é certo seguir o coração? Ou até que ponto é certo privar-se de seus sentimentos pensando no outro? E se for nuvem passageira? E se não for? Estou perdida em minhas confusões.
Sinto borboletas em meu estômago. Sinto a batida do meu coração. Ela se acelera com uma simples visão. Sinto calor, apesar do frio que faz. Seria a "febre" do amor? E quanto aos meus devaneios? O passeio que meu pensamento faz chega até você. Quando te encontro não me canso de sonhar. Dou voz ao meu coração e me torno egoísta, não penso em mais nada, não penso que posso estar enganada. Um simples sinal poderia mudar tudo. Já não me controlo mais, mas não posso me iludir. Não peço certezas nem dúvidas. Peço uma chance para sermos felizes. 

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