segunda-feira, 30 de setembro de 2013

As vontades da imaginação do mundo - Poesia

vontades-poesia

Que vontade de um amanhecer ensolarado
De me esbanjar em um abraço apertado
Que vontade de dar passos esmigalhados
Cantarolar bem alto, passar longe de sorrisos forçados

Vontade de erguer os braços bem altos e tentar tocar o céu
De esticar a perna e com um passo estar em outro lugar
De apenas observar as mudanças do mar, ver seu escarcéu
E de repente, assim bem de repente, vê-lo se acalmar

Sem me preocupar quero me macular, me sentir profana
Depois, sem mais nem menos, me tornar mera humana
Sem rumo, nem dono, nem nome
Sem dor, preconceito ou fome
Na chegada ao nirvana

E depois eu sonho, me imagino praiana
Dócil, meiga, como a maior puritana
“Uau, quem é essa bela donzela?”
“É a pequena e tímida suburbana”. 

Mas é tudo mentira, tudo parte de uma parte inventada
Tudo história de uma narrativa mal contada
Que se perdeu no meio de um livro qualquer.

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