quinta-feira, 27 de junho de 2013

Selva de pedra - Poesia

eu-te-desejo-poesia

Nada se esconde
Nessa selva de pedra
Que nos entrelaçou
Cada pedaço do que restou
Se recompôs e de novo se fez

Tudo agora paira no ar
Sob o vento deixa-se levar
Palavras, pensamentos
Sons na imensidão
Tudo o que agora são marcas
Do que compõe um coração

E se o grande então se fez
E mesmo ante à insensatez
A novidade vem pra abalar
Caçoar da mentira e da vaidade
Porque tudo o que faz sentido
Na verdade não o faz

Os carretéis da alma
Maquinando num Tum de sensações
Num ritmo constante, sem coordenação
O desejo não se faz vão

A angústia que agora jaz
Longe do meu peito, do leva-e-traz
E que um vazio agora preenchido
Sentimento pulsando enternecido
Permaneça até nunca mais se deixar cansar

Que sob a luz da manhã
Minha voz se vá
Alcance o pulso do seu coração
Que em consonância com o meu
E novamente o novo se faça
Cada timbre que encontra e disfarça
Num soar, num luar, num lugar.

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