
Era linda aquela menina de olhar meigo e cativante
e era tão triste sua sina
que de sorridente era sufocante
Como vai, senhor, disse-me ela
e senti o ardor de seus lábios
e ela se fazia tão singela,
mal pude responder
pois roubou-me o ar
Aquela que parecia tão fútil
é a mesma que se fez madura
surpreendeu-me com sua cultura
era sabida mas se escondia
Suas madeixas sem cor definida
reluziam conforme a luz
quem diria que a bela menina
carregava uma pesada cruz?
Não seria exagero?
Um desânimo passageiro?
Seria falta de ânsia por viver?
O que a faria tanto sofrer?
Preso em meus pensamentos
desencorajo-me ao pensar em perguntar
prefiro o semblante de bela menina
que em minha mente insiste em ficar.
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