
Que poeta sou eu
Se perco a inspiração
Se me calo ante os versos
Me debruço sobre a mesa
Num tom de acusação
E que artista eu pretendo ser
Se perco minha rima
Me fogem as palavras
Se meu ego está em brasa
E não existe pantomima
Ah, como queria de novo minha inspiração
Queria te cantar em versos
Sentir o mal disperso
Como que em uma afirmação
Ah, como me grita a ambição
Quanto te tenho como universo
Da vida me torno disperso
E desejo ser seu campeão
Mas que pessoa me deixo ser
Quando busco apenas o bel prazer
E em suas curvas deslizar?
E como não pretendia
Já me perdi em sua beleza
Minhas palavras perderam a destreza
E não era o que eu previa
Escrevi para me lamentar
Mas sua lembrança não me deixa estar
Quero esquecer. Quero escrever
Sua voz se mistura às minhas rimas
Eu perco ante a minha sina
Quero essa menina!
Quero minha menina!
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