
E se a saudade apertar
Que é que se há de fazer?
E se a angústia oprimir
Por quem se há de morrer?
Se sob a névoa meu anseio se esvai
E sobre a terra meu passo contrai
Que mais posso querer buscar?
Quando Minh’ alma se põe a te amar
E na busca seleta do novo encontrar
O que mais posso eu querer?
O que mais posso ansiar?
Nessa tolice, enlouquecida
E minha sorte, já esvaída
Se vai. Sem mais
Então agora pareço pequeno
Meu corpo, sem forças, se retrai
Meu braço, envolto nas pernas, se contrai
Não há quem possa me julgar
E agora me mostro obsceno
Sem gestos, mas com atitude
Intento. E me esforço amiúde
E eis que minha face cora
Esta que logo agora era fria
E de novo minh’ alma inebria
E sinto você chegar.
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